Sempre tive grande apreço por Francisco Louçã, e nunca pensei ser possível ver Louçã atacar quem ataca a corrupção ou tentar branquear a corrupção com a argumentação habitualmente usada pelos corruptos.
Há duas formas de ver a corrupção, ou à luz da definição do que é a corrupção, (O uso de um poder publico delegado para beneficio próprio ou de terceiros) ou à luz da lei feita por corruptos, que tentam através da lei, dificultar a identificação e a obtenção de prova para o crime de corrupção. Assim, uma coisa é a corrupção em si, outra é aquilo a que a lei (feita por corruptos) identifica como corrupção.
O que os corruptos ou quem os defende fazem, e Francisco Louça está a fazer, é usar a definição da lei para identificar a corrupção, quando todos sabemos que à luz da lei só é considerada corrupção quando se consegue obter um determinado tipo de provas, obtidas em determinadas condições, e que sejam aceites pelo tribunal como prova, para que um caso claro de corrupção, seja efectivamente considerado pela lei portuguesa como corrupção.
O que acontece, é que segundo a lei portuguesa, actos de pura corrupção não são considerados corrupção, e são considerados incompetência ou actos de má gestão para que os corruptos não possam ser condenados por corrução. Os contratos das parcerias público-privadas que não são mais do que uma forma de roubar dinheiro ao estado, perante a lei é legal, porque a lei permite que estes roubos sejam realizados de forma legal.
Um caso paradigmático e que ilustra bem o que explico acima, é o caso dos submarinos que é claramente um caso de corrupção com provas apresentadas e com condenações na Alemanha e na Grécia, com a prisão dos envolvidos, à luz da lei portuguesa não é considerado um caso de corrupção e foi arquivado por falta de provas, porque a lei portuguesa não aceita como provas, as provas que são aceites noutros países. Ou seja, um caso de pura corrupção, segundo a lei portuguesa não é corrupção. Assim, segundo a argumentação de Francisco Louça e que tem sido a argumentação dos corruptos e seus beneficiários, o caso dos submarinos não é um caso de corrupção porque a lei português assim o diz.
Paulo de Morais não é investigador nem polícia, e o que ele faz é o que todos os portugueses deviam fazer (Francisco Louçã incluído) que é denunciar a corrupção no ministério público, e esperar que o ministério publico investigue a acuse os envolvidos. Se os casos são arquivados, não é culpa de Paulo de Morais.
Francisco Louçã deve estar a pagar o facto do Bloco de Esquerda o ter indicado para o Concelho de Estado, e como é impossível arranjar algo contra Paulo de Morais, acaba por fazer uma triste figura ao tentar iludir os portugueses, utilizando a argumentação que costuma ser utilizada pelos corruptos. Nunca pensei ser possível, ver Francisco Louçã, atacar quem ataca a corrupção ou tentar branquear a corrupção apenas por uma questão de concorrência politica. Ou foi só agora que Francisco Louçã conheceu a acção de Paulo de Morais?
https://www.facebook.com/groups/paulo.morais.a.presidente.da.republica/
Sem comentários:
Enviar um comentário