Lutar, até que o povo acorde. Neste blog publicarei as minhas opiniões e a de outros com as quais concorde. Denunciarei as injustiças e a corrupção de forma simples e pragmática para que os mais desatentos entendam a forma como somos roubados, por quem e para quem. Fá-lo-ei de forma anónima, usando o mesmo principio do voto secreto, e porque quero poder dizer o que penso sem condicionalismos de espécie nenhuma. Embora pensemos que vivemos num país democrático, o certo é que cada vez mais somos controlados pelos poderes e corporativismos instalados, que não olham a meios para atingir os fins.

É importante saber que não tenho partido, religião, clube ou qualquer outra doutrina ou forma de associativismo que condicione a minha forma de pensar. Tento estar atento ao que me rodeia e pauto-me pela independência, imparcialidade, justiça e bom censo.

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2012/11/25

Sem consumidores não há investidores


Tenho ouvido alguns comentadores políticos e até o António José Seguro dizerem que para a economia começar a crescer é preciso abrir linhas de crédito para os empresários. Isso pode dar jeito a empresas que exportem para países com poder de compra, mas para o mercado interno de pouco serve. Nenhum empresário sério se vai endividar para abrir um negócio para o qual não vai ter clientes. Se todos os dias fecham empresas que já estão implementadas no mercado sem dinheiro para as despesas correntes por falta de clientes, como será possível uma empresa que tenha custos de implementação com os respetivos juros, sobreviver no mercado interno? Neste momento a maior parte das pessoas só têm dinheiro para o essencial. Casa, água, luz, comunicações e comida. Muitos nem isso.

O problema de Portugal, (para além da corrupção e dos roubos), é que devido à política dos salários de miséria, e ao desemprego, simplesmente não há mercado. Não havendo mercado não há investidores mesmo que haja dinheiro para emprestar. Nem portugueses, nem estrangeiros. As empresas só sobrevivem se houver quem compre os seus produtos.

Se de um mês para o outro, as pessoas que ganham para baixo do ordenado médio e que passam privações, recebessem o dobro do ordenado, a economia começava a crescer no mês seguinte. Porque as pessoas só não consomem porque não têm dinheiro. Não são a minoria que ainda ganha bem, ou os ladrões do governo e os seus boys com grandes ordenados e reformas escandalosas, e todos os roubos de dinheiros públicos para os grandes grupos económicos que fazem mercado ou sequer consomem o que é português. Os ladrões colocam o dinheiro roubado fora de Portugal, e não contribuem para o estímulo da economia.

Este problema que parece ninguém ver em Portugal, acontece também na Europa. A Alemanha acha que a austeridade dos países do sul da Europa é necessária, e esquece-se que são estes países que fazem crescer a economia alemã. Não havendo dinheiro nos países que tradicionalmente importam da Alemanha, a economia alemã vai começar sofrer o efeito. Já se prevê a estagnação da economia alemã no próximo ano.

Estas consequências são tão lógicas e tão fáceis de se prever, que não se percebe se o que vai na cabeça dos políticos é apenas incompetência, pura estupidez, ou se há aqui alguma intenção camuflada que beneficie com a destruição do país e da Europa.

Assokapa

2 comentários:

Anónimo disse...

É linear, previsível e coerente. E mesmo assim a trajectória para a colisão continua em roda livre. Assustador!!!!

Assokapa disse...

Continua em roda livre porque o gamanço continua... diariamente.

É incrível como com tanta gente a passar fome, a ficar sem casa, a morrer com falta de assistência médica e cuidados de saúde, e tanta gente a suicidar-se, estes assassinos continuem a roubar e a ter o apoio de todos os políticos e instituições que deveriam ser o garante do normal funcionamento do estado.

Estes assassinos roubam e matam, com a cumplicidade do presidente da republica, da assembleia da republica, dos tribunais, das policias, da procuradoria geral da republica e de todas as instituições que deveriam desempenhar o seu papel para que o páis fosse um estado democrático e de direito institucional.