Lutar, até que o povo acorde. Neste blog publicarei as minhas opiniões e a de outros com as quais concorde. Denunciarei as injustiças e a corrupção de forma simples e pragmática para que os mais desatentos entendam a forma como somos roubados, por quem e para quem. Fá-lo-ei de forma anónima, usando o mesmo principio do voto secreto, e porque quero poder dizer o que penso sem condicionalismos de espécie nenhuma. Embora pensemos que vivemos num país democrático, o certo é que cada vez mais somos controlados pelos poderes e corporativismos instalados, que não olham a meios para atingir os fins.

É importante saber que não tenho partido, religião, clube ou qualquer outra doutrina ou forma de associativismo que condicione a minha forma de pensar. Tento estar atento ao que me rodeia e pauto-me pela independência, imparcialidade, justiça e bom censo.

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2012/10/31

Assaltos aos cofres do Estado


Hoje ouvi no telejornal que as renegociações das PPP com os consórcios privados (bancos, empresas de construção e escritórios de advogados), que recebem o dinheiro que o governo rouba do dinheiro dos nossos impostos foram prejudiciais para o estado (para todos nós).

O governo faz as renegociações para baixar as rendas, e no fim das renegociações, elas ficam mais caras ainda. Cada renegociação serve para sermos mais roubados ainda. Os consórcios aceitaram receber menos uns milhões de rendas, mas imputaram ao estado um valor muito superior nas responsabilidades que tinham nos contratos de manutenção das autoestradas.

Nas primeiras negociações era natural que saíssemos roubados porque a ideia do Sócrates, ao construir autoestradas que não nos fazem falta, e ao realizar estes contractos com estas empresas privadas era mesmo essa, assaltar os cofres do estado, para ele receber a respectiva comissão do roubo (parte dos tais 383 milhões de euros numa conta offshore em nome da família de Sócrates).

Mas agora nas renegociações feitas por Passos Coelho (que pelos vistos trabalha para os mesmo interesses económicos para quem trabalhava o Sócrates), e na situação actual do país, o estado deveria reduzir os roubos. Se todos nós que trabalhamos, temos que apertar o cinto, seria natural que quem rouba, quem chula, quem mama, e quem vive à nossa conta, também apertasse o cinto.

A maioria dos portugueses pode pensar que estas renegociações, em que saímos sempre a perder são mera incompetência de quem renegoceia por parte do estado, mas não é. Não é incompetência  é roubo descarado e à frente de toda a gente. À frente do povo, da policia, do tribunal de contas, dos tribunais civis, do ministério publico, da assembleia da républica e do presidente da republica.

Para garantir que se aumente a quantidade do dinheiro que nos é roubado, Passos Coelho nomeou para renegociar por parte do estado, representantes dos accionistas das empresas que beneficiam dos roubos. Isto é complicado de explicar porque à primeira vista parece impossível, mas vou tentar explicar de outra forma.

Vai realizar-se uma partida de xadrez. De um lado estão os consórcios das empresas privadas que ficam com o produto do assalto aos cofres do estado através das PPP (Consórcios formados por bancos, e empresas de construção), e do outro lado está o Estado (todos nós) que somos representados pelo governo, na pessoa de Passos Coelho.

Como Passos Coelho (e os seus ministros e secretários de estado) não querem ganhar o jogo, para mais tarde terem empregos nessas empresas ( à semelhança dos ex ministros dos governos do PS, PSD e CDS que hoje trabalham nessas empresas) nomeia para o substituir na partida nada mais nada menos que o próprio adversário, ou seja, representantes dos accionistas das empresas que formam esses consórcios.

Resumindo, as renegociações das PPP têm como negociadores representantes das empresas que neste momento roubam o estado, e do outro lado o estado e o povo português representados pelos mesmos representantes dessas mesmas empresas. É como se eu negociasse em nome do estado comigo mesmo. É como se cada um de nós escolhesse quanto quer ganhar, e tivéssemos a possibilidade de aprovarmos em nome do estado os nossos próprios rendimentos. De uma forma mais fácil de perceber, Sócrates e passos Coelho deram a chave dos cofres do estado aos ladrões, e como o cofre já está vazio, pedem dinheiro emprestado em nome do povo portugués, cortam-nos nos ordenados  e sobem os impostos, para poderem continuar a roubar, e cada vez mais. E somos nós, os nossos filhos e netos, que vamos pagar essa factura. E continuamos a votar neles.

Perceberam agora porque é que cada vez que se renegoceia as PPP, o estado sai mais prejudicado e nós somos todos mais roubados?

Não encontro no youtube o telejornal de hoje (ainda é cedo), mas deixo-vos aqui uns filiminhos curtinhos que mostram a perplexidade de algumas pessoas bem conhecidas de todos nós, e mostram como o ladrão do Sócrates fez um decreto-lei (que ainda vigora e que dá jeito ao Passos Coelho) em que impede o tribunal de contas de dar vistos no caso das renegociações dos contratos em vigor. Por outras palavras,  impede a policia de sair do quartel, sempre que eles estejam a assaltar os cofres do estado.

Assokapa







2012/10/25

Roubar mais do que é possivel


Quando comecei a ver em Portugal e na Europa a classe politica a justificar a austeridade, com a “desculpa” dos portugueses terem vivido acima das suas possibilidades, (e o povo a aceitar a austeridade como um castigo bem merecido) escrevi um texto em 17 de Abril de 2012 dizendo que isso é mentira. A causa da crise, foi termos sido e continuarmos a ser roubados acima das nossas possibilidades, ao ponto dos ladrões terem que ir pedir dinheiro emprestado à troika em nome do povo para poderem continuar a roubar à grande e à portuguesa (os franceses não roubam assim).

Como não tenho a visibilidade do Dr. Paulo Morais, foi com grande satisfação que li este texto e vi este filme, em que Paulo Morais denuncia esta mentira. É necessário que os portugueses tenham a noção que esta austeridade é apenas o continuar dos roubos, e a prova está neste orçamento para 2012. Os cortes continuam a ser para os mesmos, e as “vacas sagradas” como diz Paulo Morais continuam intocáveis. Para os mais desatentos, as “vacas sagradas” são os roubos que os políticos fazem ao nosso dinheiro, através dos pagamentos dos prejuízos dos bancos, das 87 parcerias público-privadas, e outros organismos, entre direções gerais, Institutos, observatórios, fundações, empresas publicas municipais e centrais, governos civis, e muitas mais, onde roubaram e continuam a roubar, para além dos políticos no governo, os milhares de boys do PS, PSD e CDS.


“A ideia de que os portugueses são responsáveis pela crise, porque andaram a viver acima das suas possibilidades, é um enorme embuste. Esta mentira só é ultrapassada por uma outra. A de que não há alternativa à austeridade, apresentada como um castigo justo, face a hábitos de consumo exagerados. Colossais fraudes. Nem os portugueses merecem castigo, nem a austeridade é inevitável.

Quem viveu muito acima das suas possibilidades nas últimas décadas foi a classe política e os muitos que se alimentaram da enorme manjedoura que é o orçamento do estado. A administração central e local enxameou-se de milhares de "boys", criaram-se institutos inúteis, fundações fraudulentas e empresas municipais fantasma. A este regabofe juntou-se uma epidemia fatal que é a corrupção. Os exemplos sucederam-se. A Expo 98 transformou uma zona degradada numa nova cidade, gerou mais-valias urbanísticas milionárias, mas no final deu prejuízo. Foi ainda o Euro 2004, e a compra dos submarinos, com pagamento de luvas e corrupção provada, mas só na Alemanha. E foram as vigarices de Isaltino Morais, que nunca mais é preso. A que se juntam os casos de Duarte Lima, do BPN e do BPP, as parcerias público-privadas e mais um rol interminável de crimes que depauperaram o erário público. Todos estes negócios e privilégios concedidos a um polvo que, com os seus tentáculos, se alimenta do dinheiro do povo têm responsáveis conhecidos. E têm como consequência os sacrifícios por que hoje passamos.

Enquanto isto, os portugueses têm vivido muito abaixo do nível médio do europeu, não acima das suas possibilidades. Não devemos pois, enquanto povo, ter remorsos pelo estado das contas públicas. Devemos antes sentir raiva e exigir a eliminação dos privilégios que nos arruínam. Há que renegociar as parcerias público--privadas, rever os juros da dívida pública, extinguir organismos... Restaure-se um mínimo de seriedade e poupar-se-ão milhões. Sem penalizar os cidadãos.

Não é, assim, culpando e castigando o povo pelos erros da sua classe política que se resolve a crise. Resolve-se combatendo as suas causas, o regabofe e a corrupção. Esta sim, é a única alternativa séria à austeridade a que nos querem condenar e ao assalto fiscal que se anuncia.”

Paulo Morais (aqui)

Se este homem (Dr. Paulo Morais) fosse Primeiro Ministro de Portugal, isto entrava nos eixos num instantinho, e se Cavaco Silva  quiser provar que não teve nada a ver com os roubos que se fizeram na altura em que foi Primeiro Ministro, tem aqui a possibilidade de fazer um governo de iniciativa presidencial, e convidar o Dr. Paulo Morais a formar um governo de salvação nacional.

2012/10/20

DCIAP protege os corruptos




A Dra. Cândida Almeida disse, na Universidade de Verão do PSD que não há corrupção em Portugal. Caí no chão a rir. Por estas declarações, é fácil de ver porque é que ninguém é condenado em Portugal. Quando a diretora do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), protege os corruptos, está tudo dito. Mas para não dizerem que sou má língua, vou passar aos factos.

1 - A Dra. Cândida Almeida diz que não consegue avançar com a investigação da corrupção no caso dos submarinos, porque o colega alemão (a quem a Dra. Cândida diz que lhe apetece mandar dar uma volta). Como se pode ver  num texto escrito pela eurodeputada Ana Gomes (publicada no seu blog “Causa Nostra”), e pela resposta enviada pela Procuradoria de Essen, os documentos não só já foram enviados, como se disponibilizam para o que for necessário. A Dra. Cândida Almeida vai ter que arranjar outra desculpa porque esta já não serve. Nota-se bem que a ideia é deixar prescrever este crime, à semelhança de tantos outros. Na Europa não vemos ninguém ser investigado, mas vemos gente a ser condenada. Cá vemos muito alarido com investigações e ninguém a ser condenado. Mais ridículo se torna, quando na Alemanha se condenou gente por se ter provado que corromperam portugueses, e cá ninguém foi corrompido.

2 – Quando confrontada com a questão sobre o porquê da impunidade de Sócrates que faz uma vida de grande luxo em Paris, Cândida Almeida responde que "nós não podemos fazer investigações para ver se conseguimos apanhar alguém, é preciso haver suspeitas, é verdade que o senhor está lá, é verdade que tem essa vida, mas o que é que nós vamos fazer?". Se não é considerada suspeita Sócrates fazer uma vida de luxo com alguns anos de ordenado de primeiro ministro, sendo um verdadeiro pindérico durante toda a vida, então não sei o que será suspeito. O fisco investiga pessoas com sinais exteriores de riqueza, mas o DCIAP não pode investigar o homem que mais roubou e deu a roubar em Portugal, ao ponto de deixar o país na banca rota, e que vive uma vida com elevadíssimos sinais exteriores de riqueza.

3 - O Procurador-geral da República (PGR) responsabilizou Cândida Almeida pelo fim das investigações ao caso Freeport. Fernando Pinto Monteiro esclareceu que o processo foi encerrado, para dedução de acusação, porque a atual diretora do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), "não pediu mais tempo". Ou seja, o caso do Freeport prescreveu porque a Dra. Cândida Almeida quis que prescrevesse..

4 – Para acabarmos com humor, o processo da licenciatura de Sócrates, foi arquivado de novo porque um dos assistentes não pagou as custas judicias.

Se quiserem ter uma noção geral de como se rouba e se deixa roubar em Portugal, e como país está completamente minado de corruptos na áreas da politica, investigação e justiça... é clicar aqui.

Assokapa

2012/10/16

Tribunais aliados da corrupção


Apesar de provado o crime de corrupção no processo de Isaltino Morais referente às contas na Suíça ele não será condenado. Usando todas as manobras processuais possíveis, que apenas estão disponíveis a cidadãos com capacidade financeira e bons advogados, o autarca conseguiu que um crime provado e repetidamente confirmado por todas as instâncias prescrevesse. Isaltino não está, obviamente, preocupado com a sua imagem pública. Percebe-se porquê. Já depois de ter sido condenado foi reeleito pelos munícipes que ele próprio roubou. Interessa-lhe apenas não ser preso. Não será.

Num dos poucos casos em que um cidadão resolveu fazer alguma coisa contra a corrupção a história tive um fim bem diferente. Ricardo Sá Fernandes gravou uma tentativa de suborno. Gravou-a para se defender de qualquer acusação futura que, de facto, veio a surgir. A pedido do Ministério Público voltou a encontrar-se com Domingos Névoa. E, no início, conseguiu uma condenação: Domingos Névoa tentou subornar o irmão do advogado para este se calar em relação ao processo de compra dos terrenos da Feira Popular. No fim tudo se tornou mais difícil e Névoa conseguiu da justiça o mesmo tratamento que foi dado a Isaltino Morais.

Mas a história estava só no princípio. Quando chegou ao fim, Ricardo Sá Fernandes foi condenado. Para ser condenado por gravação ilícita (contrariando decisões anteriores), os juízes do Tribunal da Relação de Lisboa até alteraram matéria de facto dada como assente. E consideraram que foi Ricardo Sá Fernandes que, indo ao encontro, criou o perigo de corrupção.

A justiça envia mensagens, nas suas decisões, a toda a sociedade. Ela foi recebida com estes dois desfechos judiciais. A corrupção não só é legal em Portugal como é incentivada pelos tribunais. Mais: quem se atreva a combate-la corre o risco de sentir sobre si a mão pesada dos juízes.

Com a candura do costume, a Procuradora Geral Adjunta Cândida Almeida disse, sobre o caso Isaltino Morais: "O nosso sistema é muito bom, agora o abuso que dele é feito é que é muito mau". Um sistema de justiça que aceita sistematicamente ser vítima de abuso até pode ser teoricamente excelente. Mas é, objetivamente, um aliado do crime. Acontece que, como se viu no caso de Sá Fernandes, o sistema lá encontra formas de ser imaginativo para chegar a condenações. Infelizmente, fá-lo contra os que tentam combater o abuso de que se diz vítima.

Daniel Oliveira Aqui

2012/10/15

Soares propõe governo de salvação nacional



Finalmente vejo alguns políticos, incluindo Mário Soares, a proporem a solução que eu propus há 3 meses neste mesmo blog, através de uma carta aberta ao Presidente. Esta carta foi enviada à Presidência da República, que amavelmente me enviou um aviso de receção, com um agradecimento pela mensagem, bem como o contributo que a mesma representa, ao exprimir a minha opinião sobre a atual situação do País.

Embora eu não acredite que Cavaco Silva tenha tomates para fazer um governo de iniciativa presidencial, com pessoas competentes e fora dos partidos políticos, era a única solução para mudar o sistema politico em Portugal, e fazer as reformas necessárias à retoma da democracia e da economia, ao fim da corrupção e ao desenvolvimento do país.

Exmo. Senhor Presidente da República

Portugal está a degradar-se de dia para dia. As famílias estão a desintegra-se, os pais não têm comida para dar aos filhos, e os portugueses estão a perder tudo, inclusive a dignidade. O facto de haver cada vez mais desempregados e pessoas desesperadas, que já perderam tudo e não têm mais nada a perder, está a fazer de Portugal uma perigosa bomba relógio pronta a explodir a qualquer momento. Os portugueses têm tido uma paciência irrepreensível, mas tudo tem limites.

Para piorar as coisas, os portugueses sentem que os sacrifícios não só não são partilhados por todos, como vêm alguns a viver escandalosamente bem, e pior, a enriquecer à conta dos sacrifícios de quem sempre pagou tudo e a quem sempre foram exigidos todos os sacrifícios.

Mais escandaloso ainda, é saber que Portugal paga à troika juros altíssimos pela divida publica, (mais do que gasta com o serviço nacional de saúde) e que podiam ser muito mais baixos, que o erário público é roubado através dos contratos criminosos com as 87 parcerias público-privadas, que o estado não acaba com as suas gorduras (13.740 organismos, entre direções gerais, Institutos, observatórios, fundações, empresas publicas municipais e centrais, e muitas mais), em que apenas 1.724 prestam contas ao estado. Nestes 13.740 organismos, maior parte deles inúteis, e com funções sobrepostas a outros, estão colocados gestores públicos (boys do PS, PSD e CDS e seus familiares e amigos). Segundo Marques Mendes, em apenas 1.520 destes organismos totalmente subsidiados pelo estado, trabalham 4.560 gestores públicos (boys), alguns com vencimentos mais altos do que os membros do governo, todos eles com carros, motoristas, secretárias e assessores. Tudo isto pago pelo orçamento geral do estado, ou seja, por todos nós com o dinheiro dos nossos impostos.

Nem nas leis se pode confiar, já que são feitas por escritórios de advogados privados, que além de receberem milhões para criar as leis, recebem milhões para dar pareceres sobre as leis pouco claras que eles próprios fizeram, e depois ainda vão vender a empresas privadas os “alçapões” que deixaram propositadamente nas leis para que alguns não as cumpram. A corrupção é uma praga nacional e a causa principal da crise em que estamos mergulhados, e aqui também as leis estão feitas para que nenhum corrupto seja condenado, nem sequer incomodado.

O pior de tudo, e que é completamente inconcebível e inaceitável, é que neste momento, não existe democracia nem estado de direito em Portugal, já que a justiça não funciona, e porque quem controla e dirige as instituições reguladoras que deviam fiscalizar o regular e legal funcionamento das instituições e empresas públicas e privadas, são exatamente as mesmas pessoas e empresas que deveriam ser objeto de fiscalização. Ou seja, são os ladrões que dirigem as operações da polícia.

O Governo perdeu toda a legitimidade política que lhe foi conferida pelo voto popular, na medida em que não cumpriu nenhuma das promessas eleitorais feitas ao povo português e razão pela qual recebeu o mandato da maioria dos portugueses que votou, com a agravante de não respeitar a constituição portuguesa e permitir que a democracia seja posta em causa, desrespeitando a lei das incompatibilidades, e colocando pessoas com conflito de interesses a controlar as entidades reguladoras e instituições fiscalizadoras, assim como nas comissões parlamentares de acompanhamento e de inquérito.

Como diz Paulo Morais (Vice presidente da ONG Transparência e Integridade), a Assembleia da Republica é um escritório de advogados em open-space e é a principal fonte de corrupção em Portugal, onde os deputados na sua condição de parlamentares, fiscalizam as suas próprias atividades enquanto advogados de empresas privadas. Por outras palavras, Portugal está a ser controlado e roubado por máfias e lóbis, que utilizam políticos corruptos de forma completamente livre e legal, já que são os próprios interessados e corruptos que fazem e fiscalizam as leis.

Na atual conjuntura, e porque estas diversas máfias gananciosas e ávidas de dinheiro que nos governam, não têm qualquer noção de quando parar com o espremer do povo, nem fazem a mais pálida ideia da situação completamente desesperante em que se encontra o povo português, porque eles vivem num mundo de abastança e prosperidade, se ninguém fizer nada, a panela de pressão vai mesmo explodir.

É óbvio que o governo está a contar com a polícia, e se necessário com o exército para reprimir o povo, (como já afirmou Passos Coelho), mas devo lembrar que os polícias são povo, e que além de estarem a ser muito maltratados, sentem a injustiça das desigualdades, e o exército já fez saber que não vai reprimir o povo que são no fundo quem os militares juraram defender, e a razão da sua própria existência. E claro, já toda a gente percebeu que quando o povo se revoltar, não só tem toda a legitimidade, como já vem tarde.

Como se prevê que a situação vá piorar e prolongar-se no tempo, é necessário alguém fazer alguma coisa. O Presidente da República tem o poder conferido pela constituição e pelo povo, e neste caso o dever, já que a democracia e a constituição estão postas em causa, de demitir o governo e dissolver a Assembleia da República.

Como os partidos políticos estão controlados pelas máfias e os lóbis que os sustentam e já provaram ao longo destas ultimas décadas que só servem para assaltar o erário publico, resta ao Presidente da Republica convidar alguém fora dos partidos e com provas dadas da sua honestidade e vontade de alterar o paradigma em que vivemos, para formar um governo de salvação nacional, que acabe com a corrupção, os roubos, os compadrios, e una Portugal, no caminho do desenvolvimento e criação de emprego.

O que se espera do Presidente da República, é que cumpra com honra e lealdade, as funções que lhe foram confiadas, e para as quais prestou juramento, que são defender a democracia e a constituição de Portugal, e o regular funcionamento das instituições. Portugal agradece.

Assokapa 15/07/2012

O exemplo da Islândia


2012/10/14

Vacas sagradas


Há privilégios em que nenhum governante teve até hoje coragem de tocar. São despesas públicas inatacáveis, sagradas, as mais onerosas das quais são os juros da dívida pública, as rendas das parcerias público-privadas e as regalias da EDP.

Os juros de dívida são actualmente a maior despesa do estado e consomem cerca de nove mil milhões de euros por ano. Representam mais do que todo o serviço nacional de saúde, equivalem ao valor de salários de toda a função pública. Apesar de conseguir hoje financiamentos a taxas inferiores a dois por cento, o governo continua a pagar os juros agiotas contratados na Banca nos tempos negros de Sócrates. Poderia colocar dívida internamente através de certificados de aforro a uma taxa de três por cento, mas prefere pagar ao FMI a cinco.

A esta iniquidade juntam-se as rendas pagas pelas PPP, em particular as rodoviárias. Neste modelo de negócio, garantem-se rentabilidades obscenas às concessionárias, da ordem dos 17%. A renegociação dos contratos constitui uma exigência da Troika, mas os privados mantêm os seus privilégios intactos, até hoje. O governo deveria suspender de imediato os pagamentos e obrigar à redução das rendas. Em alternativa, poderia nacionalizar, pelo seu justo valor, os equipamentos concessionados; ou até alargar os prazos da concessão, desde que passasse a receber rendas, em vez de as pagar.

O terceiro dos roubos institucionalizados consiste na extorsão, através da factura da electricidade, de rendas para financiar negócios na área de energia. Hoje, apenas 60% do valor da factura corresponde a consumos. O remanescente é constituído por impostos e outras alcavalas, pomposamente designadas de serviços de interesse económico geral. Estes tributos enriquecem os parceiros da EDP, subsidiando nomeadamente as eólicas e tornam o preço da energia incomportável. Assim, as famílias mais humildes passarão frio no Inverno, algumas empresas deixam de ser viáveis e encerram.

Impõe-se a redução dos custos energéticos. É também urgente a diminuição dos gastos com as PPP e com os juros de dívida. Mas, por falta de coragem, os governantes preferem deixar o povo à míngua, enquanto alimentam estas autênticas vacas sagradas.

Paulo Morais

2012/10/08

Fraudes e Fundações


Uma verdadeira fundação é uma entidade cujo instituidor, dispondo de meios avultados, de um fundo, decide disponibilizá-lo à comunidade para perseguir um dado desígnio social, um qualquer benefício colectivo.

Nesta perspectiva, as fundações públicas nem sequer são fundações. São departamentos públicos travestidos, cujo estatuto lhes permite viverem de forma clandestina. Os seus directores não estão sujeitos a regras da administração pública. Podem contratar negócios sem qualquer controlo, permitem-se ainda recrutar pessoal sem concurso. Utilizam os recursos públicos em função dos seus interesses e dos seus negócios privados.

Já quanto às actuais fundações privadas, podemos dividi-las em três grupos. Temos as que pretendem alcançar um fim social útil, mas vivem maioritariamente de recursos públicos. Assim, se não dispõem de fundos próprios, serão instituições de solidariedade, associações, mas jamais fundações. Devem mudar de regime.

Há um outro grupo cujos instituidores são pessoas de muitas posses que registam os seus bens em nome de fundações particulares, mas que nada dão à sociedade. Com este esquema, ficam isentos de pagar IRC na sua actividade, os seus terrenos e prédios não pagam impostos, como o IMT e o IMI. Até alguns dos seus carros ficam isentos de pagar imposto de circulação e imposto automóvel. Estes cavalheiros conseguem assim um paraíso fiscal próprio, verdadeiras "off--shores" em território nacional. Retirem-lhes pois o estatuto de utilidade pública.

Feito este expurgo, restará um restrito grupo de entidades criadas por aqueles milionários que decidiram legar parte da sua riqueza em benefício da sociedade que os ajudou enriquecer. São os casos de Gulbenkian, Champalimaud e poucos mais. Para honrar a sua memória, há que impedir que as suas organizações sejam confundidas com pseudofundações, casas de má fama geridas por oportunistas.

Paulo Morais

2012/10/02

Votar nos criminosos


Vivemos tempos difíceis. O mundo e as sociedades transformaram-se muito rapidamente e para muito pior. O poder económico, quem o detém e quem o representa, está a contaminar toda a sociedade como uma praga e está a destruir a vida e a dignidade humana, e a transformar a sociedade numa selva mais cruel que a pior das selvas. Nesta selva não se mata para sobreviver, mata-se por prazer, mata-se por desporto, mata-se para se ganhar mais uns trocos. A ganancia destrói tudo à sua volta. Vivemos em plena 3ª guerra mundial, mas nem sequer termos noção disso. Os inimigos deixaram de ser outros países, e passaram a ser os grandes grupos económicos, os mercados, e os políticos que nos deveriam governar e em quem deveríamos confiar, e se tornam apenas reles ladrões que roubam a mando dos bancos e outros grandes grupos económicos.

Embruteceram as pessoas com um ensino vocacionado apenas para isso mesmo. Tornar as pessoas mais burras, sem sentido crítico, sem noção do que é justo ou injusto, para eles poderem roubar cada vez mais, sem terem sequer que disfarçar ou esconder o que quer que seja. Toda a gente sabe como os políticos roubam, e já ninguém se importa com isso. As instituições que deviam proteger o país e os cidadãos, estão completamente minadas e dominadas por esta corja de ladrões. E nós continuamos a votar nestes criminosos.

Livrarmo-nos desta praga e de quem a alimenta e apoia, sim, é uma questão de sobrevivência.

Vivemos num tempo em que a honra e a palavra dada não têm qualquer significado. Vemos quem nos governa e em quem devíamos confiar, a mentir descaradamente e roubar todos os dias. Já não há vergonha na cara. Esta corja de criminosos que faz as leis e controlam o nosso país, não têm qualquer tipo prurido em dizer e fazer o que for preciso para roubarem cada vez mais e para se manterem no poleiro. Os políticos passaram a ser meros ladrões, sem sequer ter algum interesse ou conhecimento para governar o país. As leis são feitas à medida deles apenas para poderem roubar sem serem sequer incomodados por isso. Mesmo com eles a fazerem as leis, os políticos cometem ilegalidades sem que sejam responsabilizados por isso porque têm imunidade legal conferida por eles próprios, e são eles que escolhem quem manda na policia e nos tribunais. Quando acabam os mandatos e a imunidade, fogem do país.

Vivemos num tempo em que o estado não é pessoa de bem, e as leis já não têm qualquer credibilidade. As leis neste momento só servem para escravizar quem trabalha, prejudicar quem é honesto, prender quem se lhes opõe e permitir aos ladrões que roubem legalmente. O facto dos políticos criarem as leis necessárias à despenalização dos seus crimes, não deixam de ser criminosos. Aqui há uns anos havia cartazes nas ruas com a cara dos criminosos oferecendo recompensas a quem os encontrasse, hoje em dia os cartazes com as caras dos criminosos nas ruas, servem para lhes fazer publicidade e pedirem-nos que votemos neles.

Neste filme que publico aqui em baixo, pode ver-se como o ladrão do Pedro Passos Coelho enganou com falinhas mansas quem votou nele. Não devia ser permitido estes vigaristas chegarem ao poder. Estes vigaristas dizem o que for preciso para chegarem ao poder, e assim que lá chegam fazem exactamente o contrário do que está escrito no programa de governo com que se apresentam a eleições. Quando o chefe máximo do país, é um criminoso que mente mais (e aos olhos de toda a gente) do que o pior dos vigaristas, é fácil perceber o estado a que chegou este lugar mal frequentado a que chamam Portugal. Enquanto não nos livrarmos destes vigaristas sem palavra nem vergonha na cara, e de toda a comunicação social que pactua com eles, não iremos a lado nenhum. Não há ninguém que confronte este vigarista com este filme e o entale em directo na televisão?

Quando a injustiça se torna lei, a rebelião torna-se um dever

Assokapa

Passos Coelho é um reles vigarista


Dizem as pessoas, que vivemos numa democracia porque votamos, e que a culpa de termos os políticos que temos é nossa que os elegemos. Quem diz isso esquece que os eleitores votam nas pessoas e nos partidos que se apresentam a eleições com um programa de governo. A democracia acaba no momento em que estes vigaristas chegam ao governo e fazem exactamente tudo ao contrário daquilo que está no programa do governo. Fazem-me lembrar os vigaristas que mostram um casaco a uma pessoa, e quando a pessoa acaba por comprar o casaco, trocam-lhe o saco onde deveria estar o casaco e quando abrem o saco está lá uma manta velha. É incrível como os  políticos se portam como reles vigaristas, e tomam atitudes que são punidas criminalmente para o comum dos cidadãos.

Assokapa