Lutar, até que o povo acorde. Neste blog publicarei as minhas opiniões e a de outros com as quais concorde. Denunciarei as injustiças e a corrupção de forma simples e pragmática para que os mais desatentos entendam a forma como somos roubados, por quem e para quem. Fá-lo-ei de forma anónima, usando o mesmo principio do voto secreto, e porque quero poder dizer o que penso sem condicionalismos de espécie nenhuma. Embora pensemos que vivemos num país democrático, o certo é que cada vez mais somos controlados pelos poderes e corporativismos instalados, que não olham a meios para atingir os fins.

É importante saber que não tenho partido, religião, clube ou qualquer outra doutrina ou forma de associativismo que condicione a minha forma de pensar. Tento estar atento ao que me rodeia e pauto-me pela independência, imparcialidade, justiça e bom censo.

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2013/01/14

PS, PSD e CDS, roubam para os mesmos


Tenho visto muitas entrevistas a políticos do PS que fogem sempre à questão quando lhes perguntam o que fariam de diferente deste governo. Infelizmente, a fuga a esta questão quer dizer uma de duas coisas, ou não sabem, ou não querem dizer. Qualquer uma destas duas hipóteses não serve os eleitores. Mesmo que dissessem, nada nos garantia que não fizessem como o PSD e CDS que fizeram promessas eleitorais, e depois de eleitos fizeram exactamente o contrário.

Para um partido politico que governe, o orçamento do estado que é o conjunto de todo o dinheiro que sai dos cofres do estado pode dividir-se em 3 bolos.

Bolo 1 – dinheiro que serve para pagar as despesas sociais, como segurança social, serviço nacional de saúde, ordenados de funcionários públicos, militares e outras despesas que são mesmo necessárias ao bom funcionamento do país, e que são devidas aos portugueses como pagamento do seu trabalho, ou como serviços a que os portugueses têm direito em troca dos seus impostos e contribuições. São os trabalhadores portugueses que pagam o estado social e ainda sobra para os roubos.

Bolo 2 – Dinheiro que nos é roubado para dar aos bancos, às grandes empresas de construção civil e aos grandes grupos económicos, normalmente roubados através de parcerias público-privadas, privatizações (venda) de empresas publicas ao preço da uva mijona, concessões de exploração de recursos nacionais que são dados a empresas privadas, ou através da nacionalização (compra) de empresas privadas falidas e com dívidas monstruosas como é o caso do BPN (empresas de amigos dos políticos). Estes roubos também se fazem através de isenção de impostos, e consentimento da existência de paraísos fiscais para certas empresas.

Bolo 3 – Dinheiro que nos é roubado para dar aos partidos, aos políticos seus familiares e aos boys dos partidos, normalmente roubado através de institutos de regulação, governos civis, empresas municipais, falsas fundações, observatórios, e outras organizações inúteis que só servem para isso mesmo, roubar dinheiro ao estado para alimentar a clientela e os apoiantes dos partidos. Outra forma dos partidos roubarem para os seus, são as contratações milionárias a empresas de amigos e filiados nos partidos e membros das maçonarias, que prestam serviços ao estado com adjudicações directas, sejam empresas de advogados ou empresas para fornecerem diversos tipos de estudos, pareceres e grupos de acompanhamento de qualquer coisa.

Enfim, as formas de roubar são muitas, e seria impossível enumera-las todas. Os bolos 2 e 3 muitas vezes misturam-se e confundem-se, mas dividi-os em dois grupos porque diferem dependendo do partido que está no governo.

Em tempos de vacas gordas, o partido que está no governo dá ao país o bolo 1 para o seu funcionamento, dá aos grandes grupos económicos o bolo 2 e fica com o bolo 3 para si e para os seus. Como o PS, o PSD e o CDS roubam os 3 para os mesmos grupos económicos o bolo 2 é-nos sempre roubado, e vai sempre para os mesmos grupos económicos independente do partido que estiver no poder. Deste modo, a luta pelo poder entre os partidos, é para conseguir para si o roubo do bolo 3.

Com o governo de Sócrates e devido ao aumento desmesurado da corrupção e dos roubos generalizados, as despesas do bolo 2 e 3 aumentaram em muitos milhões de euros. Seguindo aquela máxima do que interessa é roubar agora à ganancia e quem vier atrás que feche a porta, e com a impunidade que existe no nosso país, Portugal entrou em banca rota. Para agravar a situação, veio a crise europeia e os ataques dos mercados aos países do sul da europa, e o dinheiro disponível reduziu-se substancialmente.

Entretanto com o PSD e o CDS no governo, como não querem cortar nos roubos do bolo 2 (que é para os mesmos grupos económicos para quem o PS também rouba), nem quer cortar no roubo do bolo 3 que é o dinheiro que rouba para si e para os seus e alimenta e mantem a sua base de sustentação, só resta cortar no bolo 1 que é o dinheiro que mantem o país em funcionamento. Nunca se ouviu nenhum politico nem do PS, do PSD ou do CDS, falar em cortar nas parecerias público-privadas, começar a taxar os bancos, ir buscar o dinheiro roubado no BPN que não desapareceu e está em qualquer lado (bolo 2), como ninguém ouviu nenhum politico destes 3 partidos falar em cortes nas fundações, institutos de regulação, empresas publicas municipais, e nas chamadas gorduras do estado (bolo 3). O que se ouve é que vão despedir funcionários públicos, cortar nos ordenados, nas reformas, na segurança social e no serviço nacional de saúde (bolo 1).

Por isso o PS não diz o que faria diferente do governo, porque também ele PS não quer cortar no bolo 2 nem no bolo 3, só lhe restando cortar também no mesmo bolo 1.

Só um governo composto por homens honestos e fora da influência dos partidos, poderia acabar com a corrupção e os roubos generalizados, e cortar nos bolos 2 e 3. Se o dinheiro dos nossos impostos não fosse roubado, dava perfeitamente para o país viver sem cortes e sem austeridade. A austeridade só existe porque os governos não querem acabar com a corrupção e os roubos generalizados ao erário publico. Estudos internacionais dizem que se não houvesse corrupção em Portugal, teríamos o desenvolvimento e nível de vida semelhante ao da Dinamarca.

Os políticos do governo têm a lata de dizer que temos que escolher entre ter impostos mais altos ou reduzir no estado social, como se não houvesse mais onde cortar. Mas há, no bolo 2 e bolo 3.

Quem tem ineteresses em continuar a roubar no bolo 2 e no bolo 3 diz que é no bolo 1 que se gasta 70% do orçamento geral do estado e é aí que se tem que cortar, mas é mentira. primeiro tem que se cortar nos outros 30% onde se encontram a maior parte dos roubos ao erário publico, e depois, se for preciso cortar mais, pode cortar-se no bolo 1 porque também nessa despesa há muito dinheiro roubado.

Pode cortar-se na educação, mas não é despedindo professores ou fechando escolas, é acabando com o roubo do dinheiro que vai para o grupo GPS que são empresas privadas (colégios privados) que são sustentadas pelo dinheiro publico.

Também se pode cortar na saúde, mas não é aumentando as taxas moderadoras, ou cortando nos tratamentos e nos remédios dos portugueses, é acabando com o roubo das parecerias publico privadas na saúde e nos dinheiros roubados ao estado que entram nas instituições hospitalares privadas.

Também se pode cortar nos ordenados dos funcionários públicos, mas não é nos que trabalham e ganham ordenados baixos, é nos que não fazem nada e ganham ordenados milionários, alguns filhos e amigos de políticos que com menos de 30 anos roubam ao estado mais de 5.000 euros por mês, e aos ordenados milionários dos gestores públicos, directores gerais e outros boys dos partidos, assim como nas subvenções vitalícias dadas aos políticos que nunca fizerem nada na vida sem ser roubar e chular o estado.

O estado social é pago por quem trabalha e ainda sobra dinheiro, por isso a divida publica foi gerada pelos roubos (rendas fixas que o estado paga a empresas publicas e privadas), e toda a espécie de roubos que são feitos aos nossos impostos. Aumentar os impostos ou cortar no estado social como o governo propõe, é aumentar ainda mais o roubo a que já somos sujeitos.

Para acabar com a austeridade, e começarmos o desenvolvimento económico de Portugal, basta acabar com a corrupção e os roubos generalizados ao dinheiro dos nossos impostos, não é preciso cortar em mais nada. Todos nós temos que exigir leis claras e eficientes que condenem a corrupção e o roubo do dinheiro dos nossos impostos.

Assokapa

Aqui ficam uns filminhos elucidativos


                      


                      

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