Lutar, até que o povo acorde. Neste blog publicarei as minhas opiniões e a de outros com as quais concorde. Denunciarei as injustiças e a corrupção de forma simples e pragmática para que os mais desatentos entendam a forma como somos roubados, por quem e para quem. Fá-lo-ei de forma anónima, usando o mesmo principio do voto secreto, e porque quero poder dizer o que penso sem condicionalismos de espécie nenhuma. Embora pensemos que vivemos num país democrático, o certo é que cada vez mais somos controlados pelos poderes e corporativismos instalados, que não olham a meios para atingir os fins.

É importante saber que não tenho partido, religião, clube ou qualquer outra doutrina ou forma de associativismo que condicione a minha forma de pensar. Tento estar atento ao que me rodeia e pauto-me pela independência, imparcialidade, justiça e bom censo.

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2012/09/24

Movimentos de cidadãos


Neste momento começam a nascer grupos e movimentos de cidadãos que se estão a organizar para resgatar Portugal. É necessário que esses movimentos de cidadãos se juntem em torno de interesses e objetivos comuns, de consenso alargado, que reúnam o maior numero de cidadãos possível.

O que parece ser o denominador comum destes movimentos e do povo Português em geral, é a revolta contra a troika. Mas a troika não é a doença. Portugal entrou em banca rota antes da troika cá estar. A troika é apenas a dor, e a consequência da doença. Não podemos acabar com a dor e deixar a doença, porque mais tarde ou mais cedo, a dor volta.

A doença de Portugal chama-se corrupção. A corrupção generalizada e ao mais alto nível, é a responsável pelos roubos que o erário publico tem sofrido ao longo das últimas décadas. Os sucessivos governos têm transferido (roubado) o dinheiro dos nossos impostos para as mãos de alguns privilegiados e grandes grupos económicos através dos mais variados esquemas.

Os contratos fraudulentos das 87 parcerias público-privadas, o roubo dos 8.000 milhões de euros para o BPN, as privatizações e concessões de recursos nacionais (água, eletricidade, transportes, etc.), e todos os organismos parasitas e inúteis que só servem para dar tachos aos boys e amigos dos partidos no governo (governos civis, direções gerais, institutos, observatórios, fundações, empresas municipais e centrais, e muitas mais) são apenas alguns exemplos de esquemas montados e implementados pelos políticos corruptos através dos quais roubam os dinheiros públicos.

Se acabarmos com a corrupção, os assaltos ao erário publico e as gorduras do estado, teremos dinheiro para pagar a quem nos emprestou, sem ser necessária a austeridade para o povo e a destruição do país.

O governo faz-nos querer que é a troika que está a impor estas medidas de austeridade, mas não é verdade. A escolha deste memorando foi dos governos do PS, PSD e CDS e não da troika. Mais, o governo só está a cumprir a parte do memorando relativamente à austeridade do povo, porque no memorando também está previsto a renegociação das parcerias público-privadas e a redução das gorduras do estado, e nada disso foi feito, porque os políticos que estão no poder neste momento são controlados pelos mesmos grupos económicos que controlavam os políticos do governo anterior.

Para que possamos sair da crise e iniciarmos um processo de desenvolvimento económico, com o consequente aumento do emprego,
é imprescindível acabar com a corrupção, mas não chega. Como os contratos fraudulentos já estão a assegurar o roubo para as próximas décadas, é necessário renegociar e se for caso disso expropriar a maior parte destas infraestruturas que nos foram roubadas pelos grupos económicos através da cumplicidade dos políticos corruptos, e até julgar e condenar os envolvidos nestas negociatas fraudulentas que nos levaram à crise. Se apenas acabarmos com a corrupção do futuro, vamos ser roubados nas próximas décadas pela corrupção do passado, que já tratou de assegurar os roubos através dos contratos fraudulentos já assinados para os próximos 30 anos.

As reivindicações destes movimentos de cidadãos e do povo português deveriam ser as seguintes:

1 – Restaurar a democracia em Portugal. (fazer uma revisão da constituição e criar novas leis no sentido de restaurar a democracia em Portugal. Pôr a justiça a funcionar. Não permitir os conflitos de interesses nas instituições de regulação, e nos cargos políticos. Com corrupção, não há democracia nem desenvolvimento.

2 – Exigir um governo que legisle e faça cumprir uma lei que acabe com a corrupção. (criar leis claras e duras, organizar uma polícia especializada e bem equipada e criar tribunais próprios para este tipo de crime).

3 – Exigir a renegociação dos contratos fraudulentos das parcerias público-privadas e de todos os contratos realizados com privados que lesem (roubem) o estado. (Os grandes grupos económicos com a cumplicidade dos políticos corruptos, fizeram contratos fraudulentos que nos vão roubar durante as próximas décadas. É necessário acabar com esses roubos. Veja aqui um filme curto que mostra quem roubou e para quem foi o dinheiro roubado).

4 – Cortar nas gorduras do estado, acabando com os organismos inúteis e reduzindo as remunerações e mordomias dos políticos assim como limitar as reformas a um máximo nacional. (Reduzir e acabar com governos civis, direções gerais, institutos, observatórios, fundações, empresas municipais e centrais inúteis e limitar os assessores, motoristas e viaturas, e todos os gastos escandalosos).

Enquanto não se legislar para combater a corrupção de forma séria, e enquanto não se fizer cumprir a lei, e se punirem exemplarmente os corruptos, nunca teremos desenvolvimento, nem crescimento económico, nem uma sociedade mais justa e equilibrada.

Estudos internacionais mostram que em qualquer país a corrupção é inversamente proporcional ao desenvolvimento. Não há países desenvolvidos corruptos, e não há países corruptos que sejam desenvolvidos.

Quando a injustiça se torna lei, a rebelião torna-se um dever.

Assokapa

(veja aqui como a Islândia está a resolver o problema da crise)

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