Lutar, até que o povo acorde. Neste blog publicarei as minhas opiniões e a de outros com as quais concorde. Denunciarei as injustiças e a corrupção de forma simples e pragmática para que os mais desatentos entendam a forma como somos roubados, por quem e para quem. Fá-lo-ei de forma anónima, usando o mesmo principio do voto secreto, e porque quero poder dizer o que penso sem condicionalismos de espécie nenhuma. Embora pensemos que vivemos num país democrático, o certo é que cada vez mais somos controlados pelos poderes e corporativismos instalados, que não olham a meios para atingir os fins.

É importante saber que não tenho partido, religião, clube ou qualquer outra doutrina ou forma de associativismo que condicione a minha forma de pensar. Tento estar atento ao que me rodeia e pauto-me pela independência, imparcialidade, justiça e bom censo.

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2011/04/16

Morte na estrada

Então será que os responsáveis políticos ainda não perceberam quais as causas da sinistralidade em Portugal? Se já perceberam, porque é que não actuam? Ou será que estão só a aproveitar a situação para sacar o dinheiro das multas, em vez de criarem soluções para reduzir a sinistralidade, que é para isso que lá estão, e é para isso que recebem ordenado pago por todos nós. A incompetência impera a todos os níveis na administração pública, e o pelouro do trânsito não foge à regra. Intencionalmente ou não, o facto é que o estado não reduz a sinistralidade, e por outro lado vai enchendo os cofres com pesadas multas com a desculpa que está a fazer o que lhe compete para reduzir os acidentes, que é multar os aceleras. É evidente que não está.

Está mais que provado que a repressão não resolve o problema, porque nunca a caça à multa esteve tão apertada, e o índice de sinistralidade continua a aumentar. Quando o estado quiser efectivamente reduzir a sinistralidade em Portugal, vai ter que legislar e reformular completamente os métodos e regras de ensino da condução de veículos. (Do modo como se obtém uma carta de condução em Portugal, até admira como é que não há mais acidentes).

Durante a aprendizagem, não se guia de noite, nem se experimenta a diferença de resposta do veículo em piso molhado, não se guia em estrada, nem auto-estrada, nem se tem consciência da arma que se tem nas mãos ao conduzir um veiculo, nem das implicações jurídicas que acarreta. Para além de um ensino prático completo e eficiente, aos candidatos a condutores, deveria ser explicado como acontecem a maior parte dos acidentes, (já tipificados), os perigos, as causas, precauções a tomar, e serem sensibilizados para a necessidade de adaptar a condução às diferentes condições humanas, do veículo, da estrada, e meteorológicas etc., etc. Com vontade política, haveria muito que fazer em matéria de segurança rodoviária.

Infelizmente é já na estrada e na via pública, com a carta no bolso, que todos nós aprendemos a conduzir, com os sustos e acidentes que temos ao longo dos anos, e que para alguns de nós é fatal logo à primeira «lição». Para outros a lição fatal só acontece mais tarde quando involuntariamente fazemos parte de uma das primeiras lições de outro condutor.

O ensino da condução não está de forma alguma adequado à realidade do trânsito, e o governo, não quer alterar esta situação. Para o governo a sinistralidade legitima a repressão, e a verba «dá jeito» ao orçamento. Quando precisar de mais receita nas multas, vai implementar uma nova modalidade no ensino da condução: por correspondência. Se mesmo assim a receita for curta pode-se sempre oferecer umas cartas de condução dentro de pacotes de bolachas. É com a consciência desse facilitismo que penso quando vejo uma manobra perigosa, (deve-lhe ter saído a carta na farinha Amparo).

Assokapa 13/04/2001

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